Sunday, February 5, 2017

Um qualquer sentimento chamado Amor






 Do you love me, like I love you? 

Olho para as tuas fotos comigo enquanto vislumbro o teu sorriso ao meu lado.
Percorro mais de 1001 fotos em mais de 1001 noites passadas contigo.
Observo meticulosamente todas as memórias, toda a felicidade, toda a alegria, toda a batalha num amor que sempre tivemos e sei que ainda temos.
 Sinto frio e não me interessa, o meu cigarro apaga-se e vejo somente cinzas espalhadas num cinzeiro ou na rua levadas pelo vento.
 Chove torrencialmente nas ruas da mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto, estou sentado numas escadas a olhar para as estrelas e a ver a chuva a cair, não pensando em nada, pois quando se escrevem cartas de amor, o pensamento deixa de ser razão e passa a ser sentimento.
 Lembro-me com exactidão quando meio a brincar/meio a sério me diziam na tua presença que eu não era nada.
 Sem qualquer tipo de equilíbrio, procuro palavras no meio de fotos numa qualquer gaveta do meu coração enquanto me recordo de quando estava para morrer, me foste abraçar e fui sobrevivendo e construindo um sentimento chamado amor contigo sempre ao meu lado nesta coisa chamada vida.
 Fico pensativo, enquanto olho para as horas a passarem e o meu relógio de repente fica estático (quase como fosse somente um mero objecto que não marca datas ou horas).
 Sempre em discurso directo, tento não me esquecer desse sentimento.
 Penso em ti e em mim, penso numa garrafa de água deitada ao vento, continuo a pensar na chuva que inunda as minhas roupas, infiltrando-se no meu corpo, nos meus ossos, na minha face e em como a tento beber para limpar o meu espírito para encontrar o nosso amor.
 1001 palavras vêm-me à cabeça, 1001 actos de amor, carinho e orgulho em ti inundam o meu espírito.
 Em bares quase desertos, olho para todo o lado sem medo do amor que tenho por ti, enquanto te vou visualizando na minha mente e no meu coração.
 A imaginação nunca substituiu a emoção, a razão nunca substituiu o que vai no meu e no teu coração.
 Penso numa chama acesa, o meu corpo não existe, o teu também não, o nosso espírito, a nossa alma entrelaça-se num imenso abraço que é mais que um mero laço.
 Por vezes falam-me de coisas que não entendo desde que era somente uma criança e lembro-me com exactidão de todas as minhas e as tuas memórias, enquanto sou guiado sempre com o meu coração ligado ao teu.
 Leio livros, vejo filmes, escrevo narrativas e narrativas para livros, faço exposições numa tentativa de me interrogar quem sou e quem somos nesse sentimento chamado amor.
 A sociedade maltrata-nos como se fossemos meros cães vadios sem dono a quem tentam retirar a felicidade de um e a liberdade do outro.
 Percorro páginas e páginas de livros escritos e mesmo sonhados onde as palavras descrevem sentimentos. 
 Sonho contigo e quando acordo o meu coração grita numa calma aparente e não sei para onde ir ou o que fazer. 
 Tudo interessa, tudo sempre interessou, pois num sentimento maior que a vida, nunca buscamos ou procuramos nostalgia ou melancolia, mas sim o amor que temos um pelo outro dentro dos nossos corações e das nossas almas.
 Um momento, não é somente algo lançado ao tempo, uma vida nunca será uma razão para a dor existir numa qualquer ferida.
 Continuo a pressionar botões e botões, enquanto na minha imaginação/razão e emoção busco sempre o meu e o teu coração.
 Tento ser a luz do teu rosto quando uma bandeira é somente um posto num qualquer pensamento guiado sem lamento.
 Não descrevo a poesia fonética, pois para mim e para ti o amor é algo mais que mera ética.
 Penso numa mero foto com palavras escrevinhadas, penso em sensações, paixões, emoções numa vida nunca dada por perdida entre dois seres que se amam como a cobra Ouroborous que vai mordendo a sua cauda até á eternidade ou de como esta descreve um amor sem fim.
No meu coração sem dor, mágoa ou rancor, não entendo palavras como ódio, raiva ou ira, pois sei que a manipulação de uma mente, espírito, alma, coração e corpo nunca será algo nado morto.
 Volto a escutar o meu coração, ele bate, bate e bate (quase com a sensação que irá explodir a qualquer momento), tento sonhar num amar nunca perdido.
 Tento imaginar-te, sem sequer saber ou me interessar o que o mundo me quer dar ou o que possa estar a acontecer no mesmo.
  Posso viver no inferno, posso passar por 1001 purgatórios, posso pensar que este sentimento não passa de uma ilusão longe da razão.
 Irei amar e amar até á exaustão, a chuva continua a entrar pelos meus ossos enquanto perdido nas palavras procuro as chaves do meu e do teu interior.
 Podem 1001 tempestades abaterem-se sobre mim, podem 1001 demónios lançarem-se ao meu corpo para o despedaçarem, podem 1001 pessoas numa sociedade atroz me dizerem que de repente não tenho voz.
 Vou procurando á noite sinais de ti, num mero papel onde a essência da tua alma se vai misturando com a minha.
 Por vezes, falam-me de papéis lançados ao vento, de notícias de um qualquer tempo e eu nem sequer esboço um lamento.
 Em contínuo discurso directo, não penso em Valquirias vindas de Valhalla ou anjos para me iludirem a mente ou a emoção até á exaustão.
 Ele continua a bater e bater e a bater (como se fosse um vulcão em actividade), os meus dedos são guiados pelas tuas palavras, pela tua essência, pela tua imagem.
 O sentimento de estética pode perder-se em sentimentos, pois o amor não é dor, pavor ou um favor.
 Os dias passam e recordo-me de uma caixa de fósforos com a qual tentava aquecer o meu corpo num dia gelado e no qual o meu espírito te escutava e escuta enquanto sorrio contigo desde aqui até á eternidade, sem  raiva, ódio, ira, rancor ou dor, mas sempre numa palavra chamada amor.
 Olho para o calendário, penso em rasgá-lo e deita-lo ao lixo como um mero papel numa qualquer lua de fel.
 O meu corpo continua agarrado ao teu, a minha alma continua agarrada a um mero papel numa lua de mel.
 Dizem-me que o coração é uma artéria perdida no labirinto que é o corpo humano, enquanto sem sequer pensar ou imaginar vou somente escutando a chuva que continua a cair vinda do céu, enquanto vou tossindo e tossindo num discurso que continua a ser directo, pois neste pequeno cantinho do Universo, podem falar-me do novo presidente dos Estados Unidos da América, podem tentar maltratar-me, podem inclusive matar-me ou recordar-me de como o mundo está de pernas para o ar com todos os valores da humanidade trocados e onde o que é branco por vezes é preto e vice versa.
 A chuva continua a cair, eu olho somente para um candeeiro e vejo o teu rosto observando-o com acutilancia, ainda sem pensar em nada, volto a pressionar um botão, volto a tentar escutar o meu coração que vai batendo e batendo por ti.
 Uns chamam-me guerreiro, outros chamam-me de louco enquanto me faço de mouco.
 Num sentimento jamais esquecido 1001 palavras escritas em meros papéis, fazem com que uma luz se baloice sobre mim.
 Olho para o céu e já não chove, caminho numa qualquer direcção sempre com emoção, pois sei que uma palavra escrita não é somente uma mera imagem tirada ao acaso com o novo telemóvel da moda, mas sim um sentimento que sempre foi, é e será eterno.
 Por vezes dizem-me que as roupas demonstram o que um homem ou uma mulher é enquanto vou lendo na estrada que é um homem ou uma mulher que vai escolhendo a roupa que quer vestir numa simples questão de identidade onde esta palavra chamada amor não tem idade.

Para a minha princesa 
Manuel Espírito Santo 




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