Wednesday, October 11, 2017

Uma fase lunar - A Portuguese love story - Only lovers left alive

Rimbaud





Imagens epilépticas percorrem a minha mente enquanto observo um qualquer vácuo perdido no tempo.

 Penso em vários olhares perdidos e em puzzles para decifrar, imagino uma canção na minha cabeça que gira sem parar.
 Como um qualquer guerreiro, vou para a guerra sem botas enquanto percorro a alma e não encontro um fósforo para acender para uma chama apagar.
 Olhando para o mar vejo o sonho do sono e vou contemplando catedrais invisíveis numa cabala constante e inquietante.
 Num qualquer coração estrangeiro, tento deixar algo de mim, por vezes acho que sou somente um vicio infinito numa qualquer palavra perdida ou esquecida.
 Enquanto escuto canções, não imagino nesta vida trovões.
 O sol vai-se e a lua aparece e o universo é um infinito de estrelas para observar até cair numa qualquer voz embargada e gasta de nada.
 Num qualquer movimento, noto o vento que passa e passa num qualquer momento que nos assa.
 Penso num vinho esquecido ou na natureza perdida, enquanto recordo momentos de uma vida percorrida.
 Olhando para qualquer parede, vou-me sentindo invisível nesta sociedade que nos afasta de algo que também nos arrasta.
 Contra moinhos de vento ou tempestades de areia, sei somente que o teu nome é Dulcineia.
 E o tempo passa e passa, sendo escravo de um qualquer relógio e encontramos um qualquer olhar perdido no luar.
 A poesia é mal fadada e prefiro a prosa, mas quando olho para o chão imagino uma qualquer rosa.
 Num cigarro acesso ou num cigarro apagado, iremos encontrar sempre algo que nos é dado.
 Num qualquer cubo mágico, ao descobrir as suas cores, vamos descobrindo que qualquer dor faz parte de um sentimento perdido no tempo numa qualquer cápsula espacial onde o céu se torna algo especial.
 E com algum sono, o Deus Morfeu espalha areia para os meus olhos e num sonho qualquer fumo um cigarro dado que está mal apagado, mas que poderá dar-me um qualquer sentimento de felicidade nesta idade.
 Com toda a verdade do mundo, levo sempre tudo a fundo.
 Penso num qualquer barco á deriva ou num carro na auto estrada, vindo do nada enquanto procuro uma qualquer espada.
 Divagando devagar, lembro-me de um chapéu perdido num café numa qualquer caixa, mas não possa fazer nada quando o mesmo se afasta.
 Nas nossas memórias, a gratidão é o tempo sem vento num qualquer lugar ou mar perto de uma torre com um corvo onde vinho, azeite e amêndoa fazem um todo.

Continua

No comments:

Post a Comment

Exhibition - book launch - New Delhi - India - Solo Magia - International artists

Manuel Solo Magia is a book that I weaved/wrote along Indian writer Monali Roy and that is illustrated by some of the best international a...