Uma pequena fábula para a doce Dina Maciel Costa

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- 46...

- 16...

- 20...

- 64...

- É um facto...

 Tu dizes-me isto e eu começo a sorrir sem parar até desmaiar...

- Comidinha, rapaz...

- Eu sei que és capaz...

- Talvez sejas audaz...

- Não sejas mau para mim...

- Lembra-te que um elo tem sempre um início e um fim...

- Escreve algo bonito até ao infinito num grito...

 Eu observo os teus magníficos olhos entre mil folhos enquanto noto que trás-os-montes não é vila nova de mil fontes...

- Não sejas má para mim...

- Onde está o nosso percurso sem fim?

 Pergunto-te isto....

 Tu sorris para mim com uma mão armada num livro perdido...

- Seria o vento que o teria trazido?

- Teria to entregado num tempo ido?

- Estaria numa rotunda esquecido? 

 Questionei-me a mim mesmo isto....

 Tu simplesmente dizes-me que precisas de dinheiro e não de um pinheiro, de graveto e não de uma peça em pau preto...

- Esgravatar...

- Sonhar...

- Comidinha...

- Não posso passar fominha...

 Dizes-me isto num tempo sem lamento...

- VIAJAR...

- AMAR...

- SER FELIZ...

- SER PETIZ...

- SONHAR...

- SOU EU A FALAR...

- SEM PENSAR...

- GOSTAS DE MIM?

- AI...RAPAZ, TU E O TEU PRAZER SEM FIM...

Berras comigo enquanto fumo um cigarro com o teu afago...

- NÃO SEJAS...

- QUERO CEREJAS... 

- NÃO QUERO AMEIXAS...

- SÊ UM CARAPAU....

- NADA SEM PARAR...

- O TEU VERBO É AMAR...

 Gritas-me outra vez...

- 64...

- 24...

- 22...

- Só nos os dois...

- Um acto num facto...

- Sei que gostas de mim como gosto de ti quando o verbo sonhar nos sorri...

 Digo-te isto perdido num dispositivo memorial enquanto escuto um pardal a cantar uma melodia sem igual...

- ANDA COMIGO...

- O MUNDO É O NOSSO UMBIGO...

- COM PÃO NA MÃO, SEREMOS O ORGULHO DA NAÇÃO....

- TRAZ O TEU CORAÇÃO E TOSTÃO...

- O UNIVERSO É CHEIO DE PAIXÃO...

 Gritas na minha direção como se fosses uma boneca princesa a comer uma doce sobremesa...

- Rainha...

- Firme e segura...

- Tainha...

- Perdida na amargura...

 Encontro novamente os teus olhos e a tua mão direita acaba por ser estreita quando num portal de realidade descobrimos a nossa identidade...

- Gosto de ti...

- Sorri...

 Digo-te isto sem pensar numa caneta num bolso dum casaco nada opaco...

- Tu és o meu personagem...

- Tu és uma aragem numa passagem...

- O teu tempo circunstancial é tempo de lugar numa roda de sentimentos sem parar...

- Eu sou tu...

- Tu és eu....

- Somos nós...

- Temos dupla voz...

- Abraça o meu corpo...

- Somos mais que um simples Porto...

- Rapaz...

- Café...

- Sagaz...

- Sempre de pé....

- Amar é estranhar o verbo gostar...

- Um simples objecto sem tecto...

- Um simples afecto...

- Nada comigo...

- Estou contigo...

- Somos um umbigo....

 E sem sequer eu saber o que te dizer, pensava no nosso lazer e prazer...