Tuesday, July 21, 2020

Um poema curto sensual em discurso directo para a Mónica

- Que se passa hoje contigo?
- O nosso umbigo já não é um figo?

Perguntas-me.
Eu fico a pensar na resposta e não na pergunta porque o amor é uma palavra profunda...
- Toda a história de amor é bonita, mas a nossa é a minha favorita...
Murmuras-me isto ao meu ouvido esquerdo sem medo....
Eu sem pensar no verbo "amar" ou como o conjugar acabo por te responder:
- Infância sem ânsia...
- Nome e apelido...
- Sem nada partido...
- Voar até á lua...
- Observar como está crua...
- Existem uns seres vivos que não entendo...
- A fogueira para eles deveria ser um crescendo...

Tu observas-me com calma...
Falas para a minha alma...
- Sei como tu és...
- Sempre navegas a mil pés...
- Anda para a minha beira...
- Vamos para a eira...
- Oxigénio...
- Mel...
- Sem génio...
- Sem fel...
- Ser normal...
- Ser natural...
- Quero lá eu saber o que as pessoas pensam que pensam...
- O que interessa é o nosso gin sem fim...
- Um cigarro com afago...
- Se tu és parte de mim...
- Somos mais que um jardim...
- Balão...
- Mão...
- Ilusão...
- Coração...
- Paixão...
- Tu deixas muita gente confusa...
- A mim colocas-me como tua musa...
- Sei lá...
- Dizem que sei contar até mil de há uns anos para  cá...
- Calor?
- Tem que ser sinónimo de amor...
- Nos meus olhos os teus óculos de sol...
- O meu farol...
- Nos teus, os meus...
- Campos eliseus...
- Paris...
- Observar a perdiz...
- Cidade iluminada...
- Contigo sempre de mão dada...
- Sem contos de fada...
- Música a tocar...
- O teu corpo, o meu a abraçar...
- Sempre directos...
- Nunca objectos...
- Seremos sempre assim...
- Até ao fim...
- Sabes bem a nossa melodia...
- Nada de fantasia...
- O continente...
- Está demente...
- O povo sempre foi doente...
- Nós estamos no nosso estado sempre paciente e nunca ausente...
- Novamente com a tua camisola sem gola...
- Sem borracha para apagar...
- Iremos no rio nadar...
- Tu sabes bem...
- Talvez desdém....
- Nunca ninguém...
- Toda a gente é muito inteligente...
- Ao olhar para o sol nascente...

Não reflicto sequer no que me dizes e respondo-te:
- Vamos para a rua fascinante?
- Nem que seja por um instante?
- O meu corpo irá ser o teu oceano de emoções sem ilusões...
- Talvez...
- 1...
- 2...
- 3...
- Sempre...
- 4...
- 5...
- 6...
- Com os nossos anéis...
- Milhares de cores no céu...
- Dezenas de dores sem véu...
- Um garfo...
- Um prato...
- Sem agrafo...
- Sem parto...
- Tu com uma colher...
- Corpo de mulher...
- Saber e sentir...
- O verbo "ir"...
- Entender...
- O que é "crescer"...

Ficas a olhar para as minhas mãos que percorrem um piano com um pano...
Dizes-me isto:
- Tudo o que fazemos...
- É tudo o que fomos...
- Tudo o que aprendemos...
- É tudo o que somos...
- Contigo vou sem pestanejar...
- Sempre à procura de ar...
- Num acto contínuo de amar/reamar.
..






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