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A poem to Sandra Mesquita
I think that we were somewhere watching a movie...
I actually didn't knew if it was groovy...
The prettiest city in the whole world was full of people and I remember that I was listening to a song of old without being cold...
You asked me this:
- You're never in the same place...
- Do you belong to the human race?
The movie was being screened...
Lights were being switched off...
I knew that I was only staring at some wall... You were near a museum hall...
I believe that it had a mirror there near some books where you could see your own looks... My hair was a mess (as always) and in my mind it was playing chess...
You looked at movie stills, observing ancient hills...
You've thought this to yourself:
- In America I'll be...
- It's also near the sea...
You were wearing a colorful dress and you actually didn't want to impress...
I was reading soccer results in a newspaper that was from yesterday thinking this to myself:
- Come what may...
You looked left and right within an insight... Your eyes were gazing to your cup of coffee where sugar was melting inside it being it hot as a shot...
You continued walking while talking:
- There's a trap on my nap...
- There's me at the sea where I want to be..
- There's magic in the sky so bright...
I wasn't understanding your own thoughts because they didn't carried any dots...
I was inside a coffeeshop staring at my own clock...
You said this to me then:
- The stars at night, always shine bright...
- They're never inside their own fight...
I think that I was at Lalaland then trying to borrow my own hand...
Pictures, photos and paintings were at the museum and while thinking on your image and inner thoughts, this was on my head:
- Go to the coliseum...
- Break a leg...
- Spare a dime...
- Be kind...
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02
Um poema para a Sandra Mesquita
Por vezes (somente por vezes)...
Um qualquer livro é um somente um romance...
Um qualquer filme é somente uma nuance... Perdidos num qualquer momento de isolamento, a sensação de tempo não é um lamento...
Tu ficas meia perdida num beco sem saída enquanto me perguntas:
- Lembraste de quando o Porto era uma cidade mais calma e serena?
Eu fico a pensar numa tarde amena...
A resposta é um qualquer invólucro ausente na minha mente presente...
Tu continuas a murmurar dois nomes ao meu ouvido...
- Jane Eyre...
- Brontë...
Eu fico sem saber o que dizer enquanto o tempo passa devagar num tempo real e natural...
O teu olhar fica prostado num fragmento estático num segundo numa qualquer película em movimento num mundo sem fundo...
Eu pergunto-te sobre aquele momento "congelado" num tempo passado...
Falas-me de cinema, do sistema sem tema... Falas-me de animação com o coração e ilusão na mão...
Penso para mim mesmo:
- Não me lembro do teu nome...
- Não me lembro do teu apelido...
Tu ficas perdida num mundo sem saida...
Tu acabas por te encontrar junto ao mar... Perdida numa cidade, procuras a tua identidade...
Procuras memórias sem estórias...
Procuras sons difusos numa qualquer atmosfera ausente na tua mente...
Procuras imagens (acabas por me dizer que não procuras...paragens)...
Procuras uma fonte numa ponte...
Procuras uma pedra numa esfera esquecida nunca perdida...
O teu cabelo revolto está solto como se fizesse parte do mar morto...
Tu dizes-me que o mar negro é algo tristonho e nada medonho...
A tua descrição de um qualquer país acaba por ser a tua própria sombra numa qualquer onda...
Procuras uma película desgastada pelo tempo num sol nascente enquanto te diriges ao oriente...
Vais-me dizendo isto:
- Um mais um...
- Quando a criança era criança...
- Procurava uma qualquer lança...
Não sabia o título do filme que era projectado ao ar livre...
Não sabia o que fazer com algum prazer no lazer...
Tu dizias-me duas frases de uma forma contínua ao meu ouvido:
- Conta-me uma história numa memória...
- Conta-me uma recordação sem ilusão...
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