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Um dia qualquer acordei.
Vislumbrava o meu corpo e estava cravejado de balas, como se de repente todos os demônios do inferno se tivessem lançado sobre mim num tormento sem fim.
As balas (metafóricas e reais) eram disparadas com violência na minha direção, não sendo as mesmas projectadas por armas de fogo (reais ou artificiais como num qualquer trabalho artístico ilustrado), as mesmas eram arremessadas pela sustentabilidade da inércia, quando várias pessoas diziam-me isto:
- Não é nada comigo, tens que resolver tudo sozinho.
Eu sem saber ao que me agarrar, fui utilizando o dom da palavra (sem a mesma ser irada), enfrentando sozinho todos os demônios e mais alguns sem medo ou pavor do horror.
Agarrei-me ao que tinha, o sentimento no tempo, onde a minha paixâo pelo sexo feminino é algo que tenho desde pequenino.
Mencionei esta simples frase para alguém:
- Só me podem parar com uma bala, pois irei fazer com que todo o vil metal que utlizarem contra mim seja algo banal.
Encontrei-me em memórias sem estórias, mesmo sendo atraiçoado como o guerreiro lusitano Viriato em mais do que um simples acto.
As palavras năo eram imagens, nem miragens.
As ações eram tudo menos ilusões.
Voltei a vislumbrar o meu corpo.
O coraçâo batia e o mesmo estava intacto.
Batalhei.
Perdi e ganhei.
Tudo passou a ser uma gigantesca peça de teatro na minha vida.
- Majestosos livros criados e organizados por mim?
- Exposiçőes de obras de arte com os melhores artistas internacionais de sempre em vários cantos deste planeta?
- O meu nome a ser escrito em vários jornais e idiomas internacionais?
- Narrativas, poemas, histórias de amor sem dor criadas e baseadas nas minhas gatas de estimação que me roubaram e em algumas das mais belas mulheres de dispares profissões de todos os cantos do mundo que conheci?
- Será que o mundo precisaria deste testemunho escrito por palavras com o punho?
Diziam-me sempre isto:
- Tens que batalhar sempre sozinho no presente.
E sem saber o que fazer comecei a escrever uma autobiografia no tempo presente.
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