Thursday, May 21, 2020

Um discurso curto directo numa cábula para a minha alma gémea Hélia




Dizes-me isto:
- Tu sempre...
- Nunca ausente...
- Meu corpo está dormente...
- Estado presente...
- Sem génio...
- Açúcar...
- Preciso do teu oxigénio...
- Rebuçado...
- Nunca fado...
- Anda comigo...
- Percorremos o nosso umbigo...
- É um figo...
- Porto de abrigo...



- Espantalhos...
- Galhos...
- Talvez...
- Anda...
- Na varanda...
- Ar...
- Remar...
- Amar...
- Sem sonhar...
Eu observo o teu sorriso sem pensar...
Sangue do meu sangue está numa fotografia...
 Inclusive numa autobiografia...



Olhas para mim e dizes-me isto:
- Erotismo...
- Sensação...
- Taoismo...
- Paixão...
- Tantrismo...
- Emoção... 



Corremos de mão dada pela praia...
 A areia entra no nosso corpo...
 Nada está morto...
 Invicta/Porto...
Respondo-te:
- Igreja...
- Cereja...
- No teu vestido cinzento...
- Não existe tempo...
- Existe mais que um lamento...
- Não existe lamento...



Olhas com atenção na minha direção...
O teu cabelo de ouro bate na minha face como um besouro...
Procuramos um tesouro...
Voltas a dar-me a tua mão.
Dizes-me isto:
- Tu e eu somos mais que uma nação...
- Emoção...
- Amor...
- Paixão...
- Cor...
- Casar...
- Sem sonhar...

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