Era um facto...
Andavamos na rua sem um acto.
De repente passava uma donzela na mesma.
Perguntavas-me:
- É uma rapariga bonita...
- Será que é uma lesma?
- Será que o seu telemóvel toca na sua bolsa?
- Será que o mesmo é uma colcha?
De repente somente bebiamos café...
Tu e eu de pé...
Respondi-te:
- É donzela...
- Tem todas as redes sociais...
- Talvez seja bela...
- Tudo em partes iguais...
- Mas isso não interessa...
- Prefiro memória que não lesa...
Observava como dançavamos na ponte junto a uma fonte...
Era sinónimo de binómio...
Só tinha o teco...
O tico tinha partido...
Não estavamos num beco...
O gato tinha fugido...
Tu olhavas fixamente na minha direção...
O meu coração a sangrar na tua mão...
Provavelmente eram memórias sem estórias...
Mencionavas-me:
- Para a maior parte da gente...
- Amor é fogo de artíficio...
- Ausente...
- Na altura do solstício...
- Presente...
Eu reflectia um pouco nas tuas palavras...
Não eram contos de fadas...
As minhas mãos cubriam parte do meu rosto...
Estava bem disposto...
Falavam-me de que eu era primo do meu irmão...
Mencionanavam-me mais de trinta anos de emoção...
Era o aniversário da minha avó...
Não era livro com pó...
Ninguém mencionava a tua beleza...
Pois ela é uma certeza...
Cabelo dourado sem fado...
Tempo do Covid 19...
Pessoas num barco a nado...
E não chove...
Palavras soltavam-se da minha boca:
- Está rouca...
- Nada mouca...
- Não nado com touca...
- Cafeína...
- És a minha super-heróina...
- Tabaco...
- Nunca me deixas opaco...
- Ou com vácuo...
- Mil e uma estrelas sorriam...
- 2020 universos nasciam...
- Sabes bem o que és para mim...
- O teu sorriso sem fim...
- Sem chapéu...
- Com cabeça...
- Sem véu...
- Concerteza...
- Sinónimo de sabedoria...
- É a nossa energia...
O teu corpo bailava...
Sem sonho andava...
Dizias-me isto ao meu ouvido esquerdo:
- O silêncio é o nosso mistério...
- Tu e eu somos feitos de minério...
- Noutro lugar...
- Noutro hemisfério...
- Para sempre amar...
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