Friday, December 13, 2019

Um poema para a querida Hélia de Sa Teixeira

- Baratas...
- Meu Deus...
- Insectos abjectos...
 Eu encontrava-me perdido num qualquer dialecto enquanto me dizias isto.
 Escutava um álbum cujo título era "Anda lá, morre jovem"...
 Não pensava...
 Nem sequer sonhava...
- Baratas, rapaz...
- Não sejas assim...
- Diz que "sim"...
 Percorria todas as estradas e ruas da Europa na tua rota...
 Na dualidade razão/emoção, só conseguia pensar em sensação...
- Mas não existem pesticidas ou exterminadores/homicidas?
 Perguntava-te eu.
- Para batatas?
 Respondeste-me no segundo a seguir...
 Nem sabia o que te responder, fiquei confuso/difuso...
 Será que foi o teu cabelo comprido que fez com que a questão que me colocavas deixou de ter sentido?
 Pensava para mim mesmo.
- Homem, a tua tristeza não aprecia a minha beleza.
- Nunca pensas...
- Nunca observas um facto num acto...
- Nunca me deixas sussurrar ao teu ouvido no que estou a pensar...
 Tento retirar os meus óculos escuros junto a um farol onde bate o sol...
  Fico assustado quando não observo o teu sorriso num gracejo...
- Uma bola de berlim é um prazer sem fim...
- Tu acabas sempre por ter um pouco de mim... Dizes-me isto enquanto uma músico que vai tocando me vai dizendo isto:
- Fico aborrecido num tempo perdido...
 Nesta altura gritas para mim:
- Cor de jasmim...
- Jardim sem fim...
 Eu fico sem saber se de facto me mencionavas, pessoas, baratas ou batatas enquanto sabia que a minha tinta estava no seu fim.

Eu e a Hélia


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