Saturday, November 9, 2019

Um poema para a minha musa Didi Wray - Tributo narrativo a Bela Lugosi

Eu, a Didi, a Gorda e o Bela 

- Um...

- Dois...
- Três...
- És tu, outra vez?
 A Gorda começa a mirar-me enquanto salta para a minha camisola sem gola.
A Didi diz-me isto:
- Ela é louca por ti...
- Eu nem sei como ela te vê num instante de relance...
- Tiveste saudades minhas meu amor sem dor?
 Eu estava sem cigarros...
 A minha mente estava presente...
 O meu corpo estava dormente...
 Dizia-te isto:
- Querida, Bela é um facto e não um acto...
- Corto Maltese é um projecto não um artefacto...
- Tu és a minha história nunca perdida numa qualquer saída...
 Tu estavas com uma camisola azul mar e dizias que sentias falta de me amar...
 - A tua caneta não é preta...
 - A Gorda é a nossa Cinderella sendo Bela...
 - Os meus lábios são o teu doce nada melancólico, mas sim melódico...
 Abraçavas-me...
 Despenteavas o meu cabelo...
 Escutavamos um som bom...
 Estavamos no nosso quarto a dançar sem parar até desmaiar...
 A Gorda estava no nosso jardim sem fim... Estavamos dentro dum orgasmo e não num espasmo...
 Dizias-me isto:
 - As tuas botas são pesadas e demasiado grandes para mim...
 - Posso usar a tua t-shirt no nosso momento com tempo?
 - Quero observar as cicatrizes do teu coração com emoção e ilusão...
 - Sou tua como a lua...
  A Gorda miava sem parar num prazer com lazer...
 Os pássaros cantavam até ao anoitecer...  
 Estátuas não estavam paradas...
 Estavam iradas...
 - Será que me irás amar para sempre mesmo quando a tua mente estiver ausente?
 Perguntavas-me isto...
 Eu sem t-shirt e com o corpo fazia-te um movimento num crescendo...
 - É o bater das asas dum morcego sem capa, sem borracha que tudo racha?
  Perguntavas-me isto.
 O quarto eras tu e eu num ser único que procurava ir até ao mais profundo deste mundo...
- Sentes o meu coração na tua mão?
- Não sabes que sou o teu vulcão com paixão?
 A Gorda continuava a deambular pela casa a observar uma asa...
 Ela era Bela...
 Ela era felina...
 De repente sem eu calcular, não contávamos estrelas no ar...
 Os teus olhos negros possuíam o meu corpo nada morto e eu dizia-te isto:
- Existe a nossa casa...
- Existe amor com cor...



Num acto narrativo 

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