Wednesday, April 15, 2020

Um poema para a Mónica




- Conheço-te desde pequeno...
- Sempre quieto no teu próprio deserto...
- Sempre no teu mundo sem fundo...
- Sempre directo...
- Sempre correcto...
- O mundo de fantasia não é a tua magia...
- Tens energia...
- Tu nunca escolheste nada...
- Nunca caíste em contos de uma qualquer fada...
- Lembro-me que para te arrancar um qualquer  pensamento era um tormento...
- Sempre te preocupas-te com o teu amigo sem olhares para o teu umbigo...
- Sempre disseste que amavas a tua família...
- Sempre presente...
- Nada ausente...
- Sabes muita coisa...
- Por vezes partes muita loiça...
 Eu penso no que me dizes...
 Olho para ti num qualquer dia com sol e magia e menciono-te isto:
- Lembro-me de algumas raparigas me acharem na altura alguém misterioso e nada nervoso...
- Recordo-me da calma que sempre transportei na minha alma...
- Nunca liguei muito ao que dizem ou deixam de dizer...
- A minha palavra preferida é transparente...
- Sempre presente...
- Nunca ausente...
- Não sei o que é uma rede social, mas sei que parece algo normal...
- A sociedade sempre foi uma estória sem memória...
- O que fazer?
- Lazer ou prazer?
- Será inteligência artificial?
- Será que é um qualquer animal?
- O que é que são palavras?
- Andarmos todos de mãos dadas?
- Borregos, carneiros no monte?
- Palhaços, putas e paneleiros a olharem com sofreguidão para uma fonte?
- É isto a vida?
- Um qualquer beco sem saída?
 Tu respondes-me isto:
- Quem te conhece sabe quem és...
- A nadar sempre a mil pés...
- Na escola nunca querias a bola...
- Nunca querias ser o centro de atenção...
- Ficavas mudo na tua própria emoção...
- Lembro-me que fazíamos tanta coisa...
- Até nos perdíamos numa boiça...
- Educação era o que tínhamos à mão...
- Andavas muitas vezes a ler livros nada perdidos...
- Escutavas música sem parar até ficares sem ar...
- Quando perdíamos amigos numa coisa chamada morte, é verdade que perdíamos o norte...
- Quando ninguém queria saber de nada, tentavas criar alguma magia com energia...
- Os anos foram passando...
- Tu continuas o mesmo daquele tempo...
- Calado...
- Não gostas de fado...
- Deixas algumas mulheres a pensar no mar...
- Mas que se pode fazer?
- Sempre foste assim no teu lazer...
- Sei que não tens filhos, mas és um exemplo para muitos pais, as crianças adoram-te e tens sempre uma palavra para todas elas em memórias sem estórias...
- Os adultos acabas por mete-los no seu sitio sem um grito...
- Nada a apontar, quem te quiser amar, tem que saber remar...
 Eu olho para ti (como sempre fiz) e digo-te isto:
- Mónica tens razão...
- Qualquer um de nós tem uma só alma e um só coração...
- Mas que fazer quando a maioria das pessoas de hoje em dia não sabem ler ou escrever?
- Sabes que gosto de ti...
- Gostaria que esta vida que temos devido a fascistas/racistas fosse um passado acabado...
- As nossas memórias nunca serão estórias numa qualquer rede social ou na vida do presente onde tudo parece ser muito normal...
 Ficas a pensar um pouco quando de repente me dizes:
- Sabes que também adoro ser transparente e nada diferente...





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